CANADÁ

Novo premiê canadense diz a Obama que deixará coalizão contra EI

Por 21/10/2015 - 10:21

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O novo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, comunicou nesta terça-feira ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que manterá sua promessa eleitoral de retirar o país da coalizão internacional que luta no Iraque contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI). "Eu me comprometi a continuar envolvido de uma forma responsável que represente o importante papel que o Canadá tem que desempenhar no combate ao EI. Mas Obama entende os compromissos que fiz sobre o fim da missão de combate", disse o líder do Partido Lideral, em sua primeira entrevista coletiva após a vitória nas eleições do Canadá.

Trudeau prometeu durante a campanha eleitoral a retirar os caças-bombardeiros CF-18 enviados ao Iraque como parte integrante da coalizão internacional contra o EI, e a aumentar os instrutores militares canadenses para capacitar as forças que combatem o grupo jihadista. No entanto, o primeiro-ministro eleito não quis afirmar quando ordenará o retorno dos aviões canadenses. "Cumpriremos nossos compromissos eleitorais de forma responsável. Queremos assegurar que a transição será realizada de forma ordenada", explicou Trudeau sobre a data da retirada.

Obama ligou nesta terça para Trudeau para parabenizá-lo pela vitória nas eleições canadenses, segundo informou a Casa Branca em comunicado. A nota, porém, não menciona a saída do país vizinho da coalizão. Durante a conversa, o presidente americano pediu que Trudeau implemente o Acordo de Associação Transpacífico (TPP), negociado pelo atual primeiro-ministro, Stephen Harper, que deixará o cargo após nove anos no poder.

Enquanto era candidato, o novo premiê canadense criticou o TPP, mas não se pronunciou durante a campanha sobre o que faria com o pacto caso vencesse o pleito. Apesar disso, afirmou que as negociações do acordo foram feitas sem transparência e que, se fosse eleito, faria um "debate público e aberto no Parlamento" sobre o assunto. Obama e Trudeau também concordaram em trabalhar para que um acordo "durável e ambicioso" seja firmado durante a Conferência da ONU sobre a Mudança Climática (COP), em dezembro, na França.

Fonte: Veja


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